sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mudanças, vida, momentos, sol e lua...





Ao ver a lua ao seu lado tudo mudava de valor, tudo adquiria lindos sentidos.
Pessoas importantes e coisas agradáveis. Nada mais...
Mas, o que modifica a seqüência natural numa ordem satisfatória? A necessidade de mudar, de procurar o diferente na esperança de que seja o melhor??
A noite me acompanhou o dia inteiro.
Pessoas que passaram e levaram embora o meu lindo dia...

Banhos rurais não despertam em ninguém nenhum prazer. São apenas momentos fúnebres, pois uma linda parte do meu ser foi enterrada ali. Paradoxo. Ali eu renascia.
Na busca do melhor, acabei despertando o pior: a liberdade. Antagônico. Liberdade não é o melhor quando se quer estar aprisionado. Medo. Medo do que a liberdade vai fazer de mim...

Despertei para uma batalha, só que esqueci de vestir a armadura e estou despreparada.
Não me ataque, por favor! Deixe-me com minha sensação de momentânea paz. Não posso me defender das coisas que não controlo. Somente tentar, e as tentativas são inúteis. Como me proteger? Consciência. Conhecimento. Inutilidade.

Minha ferida ainda está aberta; será que nunca cicatrizará? Isso me aflige todos os dias. A natureza me traiu. A natureza dominou o ser e fez dele o que quis. Assim como a escuridão o guiou. Dissimulava. Agora faz frio e a minha ferida ainda está aberta. Algoz. Agora está nevando, mas não quero mais brincar na neve. O sol se refugiou em pensamentos claros e não quer mais voltar a brilhar nos meus. Célebre neve.

Estou com medo. Harmonia do medo. Tristeza pelos caminhos traçados. Susto. Receio. Eterna noite. Águas poluídas.

As Asas da Alma estão quebradas. A prudência covarde calou-se.
A alegria fugiu aos dicionários e o pavor se cristalizou.

Mais uma vez, o fim recomeçou na Dança da Dor.




[Ruth]





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