sexta-feira, 19 de junho de 2009

A infante máscara

A menina transmite sentimentos
Despida de máscaras e coberta de ansiedades,
Expõe-se...
Esboçando a mulher que dormita...


Seguindo uma multidão que a apavora
Seguindo-a em passos largos e disritmados
Às vezes calmos,
Às vezes vorazes, às vezes inseguros
Às vezes decididos ou não, mas segue-os.


E, em certa altura de sua vida
Se depara com caminhos duplos
Terra e água,
Terra firme e um coração duro, água compassada
Água salobre e rasa, rio salitroso por lágrimas
Completamente obscuro
A menina tem que prosseguir...


E esquece o passado nesse rio,
Nessa boca chã de rio...


Os arenzés de alcova, a menina tudo vê
Ansiosa, busca uma explicação
Que não encontra, mas não desiste.

De silêncios se fez, e de agoniaviu, crescente, um rosto saturado.

Tudo de mágoa e dor, tudo jazia
nos seus braços de infante, se permitia...


A menina tenta não sentir culpa...
Apenas não tinha a voz que nascia

ela tudo desejava - sonho ousado -
por onde o seu olhar navegaria
de cores e de anseios, penetrado.

Buscava uma beleza antecipada
- a condição mais pura de harmonia -
de completa existência tão tardia
Nessa infância de medos tatuada.

Querendo-a em saber...
Beber da infância inacabada
procura que, em seu ser, superaria
a sua triste infância renegada.

E nesse labirinto de Minotauros, ela se perdeu...
Agora já crescida, a tal menina, procura acertar.
Quase sempre a angústia da incerteza, dá-lhe a sensação de ouvir os gritos do mundo.

Assim, então mulher
Ela abandona a máscara da vergonha, que a obrigaram a usar.

E hoje, tão-somente um desejo:

Se encontrar...

sábado, 18 de abril de 2009

Intenso...

Intensamente o café aquece a nossa conversa interior
Chove ou neva, ou a janela está suja de rua
O lume não morreu na lareira e nos rostos
Elas dormiam e eu andava por ali à procura
Um livro para uma madrugada fria
Procurei um clássico, encontrei poemas e cartas
Dum poeta falecido gasto pela vida e os pés
Dos outros calçados no seu rosto e corpo
O seu parisiense túmulo é um arraial de sonhos,
Lágrimas, beijos na pedra, luzes, flores e poemas
Queimados no altar da saudade e sabe-se lá que mais...

Numa criatividade que me espanta e acalenta, leio e reflito.
Bebo o resto do café e mato o sono de vez
Cinco da manhã, seis da manhã e sete da manhã
A pequena aconchega-se ao calor da mãe...
Eu deixo as luzes das chamas dançarem nas folhas do livro e ajeito-me para melhor ler, mas paro...
E deito-me.
Sim, durmo.
Ao fechar os olhos, vejo o poeta a tecer versos simples, caminhanhando...
Ele busca algo desconhecido.
Esses são os seus últimos passos
Acho que o lume não dura
Mais do que uma hora, não faz mal...
O sol fará o seu trabalho e eu voltarei ao meu.

Bebo das ondas o eco da sua voz (que permanecem em minha mente)audível por entre a certeza de uma dúvida,
grito e clamo e o som mítico vem me escurecer a alma.

E as raízes que ardem
E me aquecem sem me queimar
Transformam-se em lembranças
Que me enlaçam

Inebriantes, como o seu olhar.

terça-feira, 24 de março de 2009

Não sou uma Personagem!
Já chorei por amor e ódio...
Ah! De tanto rir também...
Já briguei sem motivo
E até magoei alguém...

Já levei fora e já dei também...
Fiquei com quem não devia
Deixei partir quem muito queria...
E com certeza,
Das poucas que tenho na vida,
Ainda hoje me amaria...

Já conheci um Anjo, e a ele
Entreguei minha alma
Recebi muito amor por um tempo
Para a eternidade muita mágoa...

Conheci o céu e a felicidade
Até o fatídico dia em que,
Conheci o inferno e a maldade...
Os primeiros frutos do amor
E os demais...
Da dor da saudade...

Já fui julgada...
Julguei e condenei a mim
Fiz de meu corpo,
Meu cárcere sem fim...

Minhas colegas de cela
Desilusão, Tristeza e Saudade...
às vezes deixam-me
Conversar com a vizinha
Chamada Fé, irmã da Esperança,
Que em nossos cochichos
Promete-me um amor de verdade...

Meu coração só eu conheço,
E o quanto dói
Só eu o sinto, ninguém mais...

Não sou uma personagem!
Tampouco quero atuar
Nesse louco e complexo palco-planetário.

Sou intensa, visceral...
Talvez esse seja o meu maior mal...

Sou dramática, transitória,
Tempo de tristezas e tempo de glória...

Nunca fui moça bem-comportada,
Em minhas veias corre sangue...
E quem pensa o contrário...
Não pensa, acredita em bobagem...

E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos...
São eles que me dão a dimensão do que sou.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Turista...

"Un Turista Americano fue a la Ciudad de El Cairo, Egipto, con la finalidad de visitar a un famoso Sabio. El Turista se sorprendió al ver que el Sabio vivíaen un cuartito muy simpley lleno de libros.
Las únicas piezas de mobiliario eran una cama, una mesa y un banco.
¿Dónde están sus muebles? preguntó el Turista.Y el Sabio, rápidamente, también preguntó: ¿Y dónde están los suyos...?
¿Los míos?, se sorprendió el Turista.
¡Pero si yo estoy aquí solamente de paso! Yo también... concluyó el Sabio.

'La vida en la tierra es solamente temporal... sin embargo, algunos viven como si fueran a quedarse aquí eternamente y se olvidan de ser felices'.

'El valor de las cosas y los momentos no está en el tiempo que duran, sino en la intensidad con que se viven. Por eso existen momentos maravillosos, inolvidables, cosas inexplicables y personas incomparables.'"

sábado, 7 de março de 2009

Due

Desde que conheci essa canção, ela não sai da minha cabeça! E, por um motivo muito especial resolvi pô-la aqui...

"Dove sei e come stai, È difficile lo so lo sai
Fermo al rosso di un semaforo sei tu
Che cerco nella gente a piedi, in taxi o dentro gli autobus
Due occhi che ti guardano e poi via.
Come forti raffiche, perdersi nel trafficoe un claxon dopo l'altro chissà ?!

Dove sei come stai, cambierò, se cambierai
Due, perché siamo noi, due lottatori due reduci
Due canzoni d'amore comunque, io e te
Con le stesse parole seduti a un caffè
E vorrei solo dirti ora che te ne vaise è amore, amore vedrai di un amore vivrai.

Ma stasera che cosa fai?!Io che ti telefono, tu che non sei in casa:"Lasciate un messaggio" ma è molto più veloce il nastro di me,
Che non so mai che dire e allora proverò ad uscire,
Stasera io ti trovo lo so !!!
Dove sei come stai, non ci sei ma dove vai!?
Io sono qui, come te con questa paura di amareper due minuti, due ore o un'eternità

Duellanti nel mare, di questa città
Dove tutti han bisogno d'amore, proprio come noi due
Con le stesse parole seduti a un caffè
E vorrei solo dirti ora che te ne vaiSe è amore, amore vedrai di un amore vivrai
Dove sei come stai, due anche se non ci sei
Io e te sempre o mai, siamo noi, siamo in dueIo e te sempre o mai, siamo noi, siamo in due."

Thank you, my Angel!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Hay vida en ti...


Hace mucho tiempo y tienes muchos problemas?

Yo sé que puedes está decepcionado, triste, sientíndose enfermo... Bien, eso todo es porque estás VIVO...

Hay vida en ti!!!!


Incluso ocasionalmente cuándo todo parece ser injusto, cuándo las cosas no tienen ningún sentido...

Hay vida en ti!!!!


Y la vida de cada persona tiene su propio sentido. Hay buenas y malas etapas incluso en las que parecen sin fin. Haz frente a cualquier momento.


Mira hacia arriba, mira la realidad. Y vive a conciencia cada momento. Intenta mejorar cada día. Y tenga fe... SIEMPRE!!!


Acuerde que es hoy un día especial. Mejor que ayer y mucho mejor que mañana, porque hoy tienes la ocasión de hacer las cosas de una diversas maneras. Hoy es el día de hacer cosas lindas...


¡Tenga un BUENO DÍA!
[Ruth]

¿Cuantas veces?


¿Cuantas veces pensamos en desistir, dejar de lado nuestros ideales y nuestros sueños y volver a nuestra ciudad ?
¿Cuantas veces nos vamos en retirada, con el corazón triste por la injusticia?
¿Cuantas veces sentimos el peso de la responsabilidad, sin tener con quien compartirla?
¿Cuantas veces sentimos soledad, aunque esteamos rodeados de personas?
¿Cuantas veces hablamos sin que nadie nos note?
¿Cuantas veces luchamos por una causa perdida?
¿Cuantas veces volvemos a casa con la sensación de derrota, mucho estropeado?
¿Cuantas veces aquella lágrima cae, justamente en la hora en que necesitamos parecer fuertes?
¿Cuantas veces pedimos a Dios un poco de fuerza, un poco de luz?

Y la respuesta llega, sea ella como una flor, una sonrisa, una mirada cómplice, un mensaje, un billete, un gesto de
amor...
Y la gente insiste en proseguir, en creer, en transformar, en compartir, en estar, en ser.
Y Dios insiste en bendecirnos, en mostrarnos el camino: aquel mas difícil, mas complicado, pero es el mas
bonito... Y la gente insiste en seguir, solamente por que tiene una misión:

¡SER
FELÍZ!

Estoy haciendo mi castillo de sueños. Eso es perfecto!!!
[Ruth]

A.M.I.G.A.S.


Ontem foi mais um dia tenso, um dia árduo nessa nova fase da minha vida profissional.

Mas ao voltar para casa, uma enegia súbita (acho que a chamam de euforia, rsrs) me cobriu de vontade de sair para caminhar com duas amigas-irmãs por um dos lugares mais bonitos de Niterói. E assim fizemos.

Passamos momentos de muita alegria e descontração juntas, coisas que só quem tem amigas de verdade e as ama é capaz de saber.

Zoações e risadas, relacionamentos, pessoas do passado, presente e futuro (?), estética, maquiagem, música, Carnaval, carro...


Sister and Estrelinha:


AMO-VOCÊS-ALÉM-DO-INFINITO!!!

Egoísmo ou auto-proteção?




Estou aqui mais uma vez procurando expor o que penso sobre o complexo ato de "gostar de alguém"...
Não é tão simples eu conseguir me desarmar de todas as coisas que criei para "bloquear" alguns sentimentos; sei que pode até ser egoísmo, mas procuro descrever apenas como auto-proteção, mesmo que secreções lacrimais estejam sendo produzidas por mim nesse momento, tornando essa reflexão algo mais intenso do que gostaria.

Procurei por conquistas durante todos esses anos; quem me conhece sabe que essa construção tem por base coisas que me fizeram sofrer e, conseqüentemente, me ensinaram. Mas, como superá-los? Por que será que não consigo deixar que coisas naturais aconteçam e pessoas legais se aproximem de mim?? Por que esse "gelo" e essa repulsa??? Essas e outras perguntas permeiam minham cabeça de uma forma, no mínimo, estranha...
Às vezes creio ser o meu senso de auto-proteção que cria muros cada vez mais altos, bloqueando todas as "possibilidades". Creio que isso se deve também ao fato de querer respeitar as pessoas. Procuro ter muito cuidado para não magoá-las; odeio pensar que alguém venha a ter expectativas, e de repente, ver que não era nada disso e se frustrar.

Paro e penso que talvez seja melhor assim; sou adepta do pensamento de que nada acontece por acaso, então, isso deve ser um ato benéfico da natureza às pessoas boas, para que as mesmas não precisem se aprofundar no meu universo do cubo-de-gelo-azul...

Enfim, não tenho mais argumentos. Vou procurar ter mais cuidado da próxima vez.


[Ruth]

sábado, 14 de fevereiro de 2009

"E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
- Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
... Mas a raposa voltou a sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
E a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos...
... Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.




Depois ela acrescentou:



- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.



Foi o principezinho rever as rosas:



- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Agora ela é única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob uma redoma. Foi a ela que eu abriguei com o paravento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.




E voltou, então, à raposa:



- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."



[Saint-Exupéry]

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lágrimas...


Estou brigando fortemente contra elas, mas não as contenho. Lágrimas! Dizem que são irmãs gêmeas do sorriso; tenho minhas dúvidas quanto a isso.
Quero que elas saiam por completo e me deixem em paz.
Fujo desse quarto tão escuro, mesmo desejando aqui permanecer...

Pedi um tempo à alegria, e ela prontamente me ouviu; agora, tento chamá-la novamente, mas as lágrimas não deixam eu me fazer ouvir.

Confesso que tenho estado ausente, mas a vida nem sempre se mostra favorável às coisas mais simples. Às vezes estamos tão cansados, não fisicamente, não psicologicamente, estamos simplesmente cansados.
Cansados de derramar lágrimas vãs, de esperar atitudes honestas, de desejar um mundo melhor (mesmo que esse mundo seja limitado)...

Mesmo sabendo que a lágrima é um fluido corpóreo constituída de três camadas, que contém sal do plasma sanguíneo e lisozima, a cada dia valorizo ainda mais cada lágrima que brota dos meus olhos. Sei que elas vieram pelos mais diversos motivos, e que não querem me deixar...

Simplesmente brotam. Nada mais.
[Ruth]

Não volto atrás...


Melhor que cada um esteja no seu lado, afinal, já foi desfeito e não tem mais jeito...
Quebrou-se o encanto.
Não aceito mais sofrer por um sentimento devastador.

Você não soube entender os meus apelos, nem buscou compreender os meus motivos... Apaixonadamente me entreguei em suas mãos. Mas isso foi demais para você, não foi?
E agora você vem me dizer que tudo foi sem querer?? Não, baby... Isso é inútil.
Não adianta jogar a culpa no coitado do seu coração, ele foi apenas mais uma vítima.

Uma vez feridos, meus sonhos entraram em um processo de mutação: viraram pesadelos.
Esse papo de "é impossível te esquecer", não funciona mais; tenta mais uma vez, não irá doer nada. Do you remember???

Fiquei despedaçada por dentro, chega dessa ilusão...

Você foi o meu mais insuportável sofrimento...

Estou terminantemente proibida a você.

Por sua causa, meus lindos sonhos conheceram o frio chão.
Agora chega! Não volto atrás.
[Ruth]

Angels

I sit and wait
There's an angel contemplate my fate
And do they know
The places where we go
When we're gray and old

'Cause I've been told
That salvation lets their wings unfold

So when I'm lying in my bed
Thoughts running through my head
And I feel the love is dead

I'm loving angels instead

And through it all she offers me protection
A lot of love and affection
Whether I'm right or wrong
And down the waterfall
Wherever it may take me
I know that life won't break me
When I come to call she won't forsake me
I'm loving angels instead

When I'm feeling weak
And my pain walks down a one way street
I look above
And I know I'll always be blessed with love
And as the feeling grows
She breathes flesh to my bones
And when love is dead

I'm loving angels instead.

Robbie Williams.

Mudanças, vida, momentos, sol e lua...





Ao ver a lua ao seu lado tudo mudava de valor, tudo adquiria lindos sentidos.
Pessoas importantes e coisas agradáveis. Nada mais...
Mas, o que modifica a seqüência natural numa ordem satisfatória? A necessidade de mudar, de procurar o diferente na esperança de que seja o melhor??
A noite me acompanhou o dia inteiro.
Pessoas que passaram e levaram embora o meu lindo dia...

Banhos rurais não despertam em ninguém nenhum prazer. São apenas momentos fúnebres, pois uma linda parte do meu ser foi enterrada ali. Paradoxo. Ali eu renascia.
Na busca do melhor, acabei despertando o pior: a liberdade. Antagônico. Liberdade não é o melhor quando se quer estar aprisionado. Medo. Medo do que a liberdade vai fazer de mim...

Despertei para uma batalha, só que esqueci de vestir a armadura e estou despreparada.
Não me ataque, por favor! Deixe-me com minha sensação de momentânea paz. Não posso me defender das coisas que não controlo. Somente tentar, e as tentativas são inúteis. Como me proteger? Consciência. Conhecimento. Inutilidade.

Minha ferida ainda está aberta; será que nunca cicatrizará? Isso me aflige todos os dias. A natureza me traiu. A natureza dominou o ser e fez dele o que quis. Assim como a escuridão o guiou. Dissimulava. Agora faz frio e a minha ferida ainda está aberta. Algoz. Agora está nevando, mas não quero mais brincar na neve. O sol se refugiou em pensamentos claros e não quer mais voltar a brilhar nos meus. Célebre neve.

Estou com medo. Harmonia do medo. Tristeza pelos caminhos traçados. Susto. Receio. Eterna noite. Águas poluídas.

As Asas da Alma estão quebradas. A prudência covarde calou-se.
A alegria fugiu aos dicionários e o pavor se cristalizou.

Mais uma vez, o fim recomeçou na Dança da Dor.




[Ruth]





Alguém sabe por onde anda o AMOR?


Por onde anda o AMOR? Isso mesmo, todo maiúsculo, o tão desejado AMOR...

Não trato disso como um banal "eu te amo", ou uma fantástica (!!!) noite, como se fosse bastante e definitivo; aliás, isso pode até ser um paliativo, mas apenas e exclusivamente os lençóis da cama resistirão enquanto os corpos se entregam...
Tampouco o de dar presentes e freqüentar lugares de luxo, exibindo a pessoa conquistada como um "troféu de caça".

O AMOR do qual falo é aquele que se basta, que faz de dois uma multidão e uma festa de um só par.
Um AMOR que faz você perceber coisas simples e diárias com outro sentido. De caminhar na chuva, mãos dadas, achando a coisa mais gostosa e original do mundo; de colher uma flor e presentear o Ser Amado; de ouvir a chuva batendo na janela, desejando que o Ser Amado estivesse perto, compondo lindas frases para serem ditas a dois; de ter vontade de ir ao teatro, cinema, bosque, parques, ou ficar em casa, sem fazer nada.
O AMOR que deseje as noites enluaradas simplesmente para desvendar o mistério nos olhos do outro, sem todo aquele ofuscamento diurno.
De olhares que lêem no outro tudo o que precisam saber...
Das palavras que são ditas mesmo sem serem proferidas...

O AMOR cúmplice no prazer e no pranto. Daquela vontade imensa de viajar juntos, mesmo sem malas prontas ou destino traçado.
O AMOR que não é egoísta, sem aquele apego controlador e possessivo; que não compara o Ser Amado a nenhum outro nessa galáxia; que não critica os momentos de fraqueza do outro; que busca formas sutis de satisfazer a ambos; que compreende, independente de credos, convicções ou gostos musicais...
O AMOR que provoca aquela indescritível vontade de acordar antes do sol, e convidar o Ser Amado a admirar o belo nascer do sol...
O AMOR que faz a gente ter vontade de fugir juntos num tapete mágico, ou num foguete interplanetário...
É esse AMOR que precisa ser encontrado, com toda a singeleza que lhe é peculiar, com toda a delicadeza e entrega necessárias, pelos "salões" de uma existência inteira.

Bem, mas esse tal AMOR...

Há quem diga que isso é utópico e ucrônico, que não pode existir AMOR assim...

A incredulidade dos que ainda não o conheceram, ou os que por ele passaram e não foram tão felizes, me levam a crer que ELE, esse tal AMOR, realmente é invenção da nossa tola cabeça; e que nada fará com que isso seja diferente, apesar de todas as juras que um dia já foram ditas, nos momentos mais marcantes da vida de uma pessoa...

O FIM RECOMEÇOU COM A DANÇA DA DOR,
E ESSE TAL "AMOR",
NINGUÉM NUNCA MAIS O ENCONTROU...
[Ruth]

domingo, 18 de janeiro de 2009

Meus lindos (e peludos) filhos...

Hoje é mais um dia de domingo, um dia difícil para mim... Difícil porque o domingo tem uma carga familiar enorme, uma coisa até meio caricata... Mas é muito bom acordar e saber que existem duas lindas "pessoas" à sua espera, querendo o seu carinho (apenas isso) e prontas para te dar em troca, toda a capacidade de amar que elas possuem!!! Paro e penso como é bom contar com um amor tão incondicional, tão além de conversa, presentes... não sei o que seria de mim sem os meus filhos Mel e Bob. Eles conseguem ler o meu olhar, e compartilham o sentimento da forma mais verdadeira possível.
Hoje eu briguei com o Bob, porque ele acordou antes de mim, fugiu da casa dele e pegou um cartão de crédito que estava em cima do meu criado-mudo; acho que ele deve ter ido perto da minha cama para me acordar, viu o cartão "dando sopa" e não resistiu: mordeu inteirinho!!!!
Nossa, quando acordei que vi aquilo, não agüentei, gritei com ele, e ele correu para baixo da cama, sim porque eles sabem diferenciar meu tom de voz, e só saiu de lá depois de uma hora...
Desisto de tentar convencê-lo a não fazer mais esse tipo de coisa.
Agora, os dois estão aos meus pés, dormindo como dois anjinhos indefesos. É maravilhoso vê-los dormir, é maravilhoso vê-los correr pela casa, é perfeito saber que eles me dão todo o amor que possuem sem esperar nada em troca... Enfim, lágrimas de felicidade por tê-los incondicionalmente por perto. Sempre.

MEU ANIVERSÁRIO


O dia do nosso aniversário pode sempre servir como um dia apropriado para pararmos e fazer uma reflexão sobre nós, desde o último aniversário até o dia de hoje. Eu tenho adiado essa mesma reflexão, sem um motivo em concreto ou por querer adiar com medo das conclusões que possa chegar.
No ano passado, por esta mesma altura, tinha uma vida bem diferente da de hoje. A caixa dos sonhos estava repleta deles e objetivos a cumprir nos 365 dias que a seguir se seguiram. Acreditei que tinha alguém em especial ao meu lado e que iria junto comigo, realizar parte desses sonhos, porque muitos deles só seriam realizáveis numa presença a dois e eis que por mais que fique a impressão de que estou a lamentar pelo sucedido, hoje chego à conclusão que foi indubitavelmente o melhor que me podia ter acontecido. Através da não realização desses sonhos, tive a oportunidade de crescer espiritualmente e de uma forma nunca antes vista. Foi um ano de pura reflexão, um ano para “arrumar a casa” e saber limpar da minha vida as coisas que não traziam até mim nada de benéfico, pelo contrário, limitar-me-ia à ignorância e a futilidade.
Sei de igual modo, que os 23 anos que estão terminando, foram também amplamente planejados para a concretização de outros sonhos, com outras pessoas também e que por motivos diferentes, deixaram de se realizar. O inverso acontece, porque entre algumas dessas pessoas que transitaram pelas “ruas da minha vida” nos últimos 353 dias (isso mesmo, hoje são 18/01), me deixaram boas recordações que levarei para sempre. Mesmo assim, nunca me arrependo das decisões que tomei, sei que agi buscando o melhor, tentando encontrar a felicidade...
De fato, posso concluir que aqueles sonhos não realizados, deram lugar a outros bem mais importantes que cumpri e não estavam na agenda pessoal. Para o próximo ano, poderia de novo reescrever outros sonhos, mas que prefiro alimentar somente um de cada vez e a cada realização, comemorar e subir mais um degrau. Depois do ano 0, a vontade de continuar esta viagem eleva-se a cada novo dia, a cada novo amanhecer com a certeza que aquilo que eu realmente desejar, eu consigo, para tal, basta acreditar e correr atrás (como eu sempre fiz e faço!). O que ainda não realizei, foi porque realmente nunca acreditei que seria capaz ou estivesse preparado para a sua realização.
Com os 24 anos às portas, será o primeiro aniversário desde que me recordo, sem esperar que a FELICIDADE venha ao meu encontro. Eu deixei de esperar fosse o que fosse e de quem fosse. Assim, neste aniversário me sentirei bastante acompanhada e deixarei de pensar ou sentir aquele friozinho na barriga, terei dentro de mim e fora de mim a verdadeira companhia dos amigos que sempre acreditaram em mim. São esses mesmos que hoje, estão comigo e sabem que jamais um dia os desacreditarei dos meus valores pessoais, ou os deixarei em dúvida com relação à pureza da minha amizade.
Para concluir, nunca é demais agradecer a todos sem exceção. Aos meus amigos (mais velhos e recentes) e colegas, obrigada – amo vocês! Obrigada por partilharem este meu aniversário! É o momento de abrir o champanhe e brindar… um novo ano para mim abre as portas e eu recebo-o de braços abertos. Vou alcançar os meus objetivos de um modo notável e único. A minha vida está bem direcionada, e com sonhos concretizáveis... Dou os Parabéns a mim mesma!

*****

ANO NOVO... MEU ANIVERSÁRIO CHEGANDO... INFERNO ASTRAL (???)...

Isso me inspira!!! Novas postagens y otras cositas más...